Estou em Pontevedra. Ontem, alguém me iria buscar a Porto-Campanha ( já descobri que aqui nao vou ter tils senao para o ñ, que nao me interessa e também nao consigo fazer parágrafos, o que dará um texto engraçado, todo corrido). Lá estava o Carlos, membro da Organizacao do VII Salón do Libro Infantil e Xuvenil, apaixonado como todos os galegos que conheço por Portugal. E há muito desse amor no som destas duas línguas... Sinto o galego e português como um casal - marido e mulher - de tempos antigos. Intimidade. Ouço diferente o português falado pelos brasileiros, um depois aberto: filho. Na hora de caminho até aqui, o Carlos contava-me muitas coisas e os horrores da mae - nascida, criada e sempre vivida em Vila Boa, uma terra muito pequenina - às grandes cidades: "Precisa de muita segurança, da sua casinha... Se uma luz, uma lampara se rompe na casa, para ela é como se uma estrela, o sol ou a lua se rompessem", disse, abrandando o carro e apontado para o céu escuro. Dicionário básico: nai - mae neno/nena - menino/menina bico - beijo ( e é por isso que uma amiga daqui, o que mais desejava ver, na primeira vez que fosse a Lisboa, era a Casa dos Bicos, imaginando histórias magnifícas de amores impossíveis à beira do Tejo. Pois.... Aquela fria casa de pedra ... desiludida, só ao fim de meia-hora alguém lhe explicou. )
3 comentários :
Podíamos então fazer uma casa dos beijos... convide quem a espreita a imajinar como seria essa casa!
Olá Dora!
Parabéns pelo teu novo blog, é muito bonito e poético. Fiquei triste quando soube que tinha acabado o Escrever para o Boneco. Era uma fonte de inspiração para mim e as vossas dicas muito preciosas. Mas pronto, agora estás por aqui e posso seguir-te nas tuas viagens, físicas e imaginárias! Enquanto não combinamos um cafezinho... Bj, noélia
Bonita história.
Beijinhos.
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