fevereiro 28, 2006
fevereiro 26, 2006
libro de nanas
O mundo das rimas infantis tradicionais é-me fascinante. Está cheio de abraços, colos, embalos, mas também de sustos terríveis e fantasmas. Dos vários que tenho sobre o assunto, guardo um livro precioso... Libro de Nanas, da Mediavaca. Tenho-o pela encadernação e sobretudo, pelas ilustrações da Noemi Villamuza. São absolutamente coerentes com este mundo dos inícios: doces e ríspidas, às vezes mesmo em simbiose completa de antagonias. A mão que risca é nítida nos traços e sombras feitos a carvão e isso acentua esta ideia de vida assim ( forte e frágil ) que é a nossa desde sempre. A história das rimas de embalar é também a história das mães, que antes disso são pessoas e mulheres. É um mundo fascinante.
fevereiro 24, 2006
encontro (des)
fevereiro 21, 2006
the boy who was followed home
fevereiro 20, 2006
ler em ping-pong
fevereiro 19, 2006
fogo de pássaro
Era uma vez um pássaro de fogo que tinha o poder de fazer voltar à vida as pessoas transformadas em estátuas... como se dizia ontem aos meninos na Gulbenkian, "as almas quando regressam sabem sempre a que corpos pertencem".
Esta é a pena que guardei do pássaro de fogo. Era branca. O fogo será a cor de quem a agarrar.
fevereiro 18, 2006
a perda - ilustração de Mara Cerri
às vezes é assim...
hoje cruzei-me com este
texto de várias maneiras.
Encontrei-o na Alquimia do Tempo,
depois de na voz do Sérgio e...
- Então porque não voas?
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
Sérgio Godinho - Biografia do Amor
fevereiro 17, 2006
"materiais"
outra vez para a Joana
que (sabe lê-lo e)
tem a coragem de ser este poema
Um coração
faz-se de amoras.
Uma mão
faz-se de galhos.
Uma flor
faz-se zumbindo.
Uma árvore
faz-se de ninhos.
Um cavalo
faz-se de vento.
Uma nuvem
faz-se de linho.
Um rio
faz-se de silêncio.
Uma casa
faz-se por dentro.
João Pedro Messeder
ilustração de piero corva, via flor de papel
fevereiro 16, 2006
Apetece coleccionar e guardar repetidos para a troca
todos os programas do S.E. do Centro Cultural de Cascais.
Como sempre que os vejo impressos, parabéns
à Isabel, ao João, à Madalena e ao Bernardo.
fevereiro 15, 2006
candeeiros de emoções
É um mundo liliputiano, iluminado e móvel. Fala dos sonhos e faz-nos falar do que sentimos com todos os sentidos. São sete candeeiros onde habitam muitas pessoas fotografadas em movimento.
fevereiro 14, 2006
fevereiro 13, 2006
night at the tv-movies
She hangs up. The two are now almost face to face. Robert raises her hand up and slips his free one around her waist. They begin to dance to the song. The kitchen lights have not been turned on since the sun went down. The sky, a dark orange and magenta, illuminates the room through the window. They never take their eyes off of each other. Suddenly, Robert stops.
ROBERT - You're shaking. Are you cold?
Francesca shakes her head. They dance a bit more, but Francesca is shaking which makes it difficult. They both stop. Robert places his huge hands on either side of her face, gently stroking her hair away from her cheek. He whispers.
ROBERT (cont'd) - If you want me to stop, tell me how... Francesca, I won't be sorry. I won't apologize for this. FRANCESCA - Nobody's asking you to.
....
"And in that moment, everything I knew to be true about myself up until then was gone. I was acting like another woman, yet I was more myself than ever before."
( THE BRIDGES OF MADISON COUNTY - screenplay adaption by Richard LaGravenese - FIRST DRAFT - 1994 )
liquid...
( está bem, confesso...acho que esta noite, a segunda vez em que vi este filme, foi ainda um bocadinho pior :)
imagem: liquidskyarts
fevereiro 12, 2006
fevereiro 10, 2006
a vida secreta das palavras
Ainda não vi o filme e tão depressa não quero saber muito do seu enredo para poder continuar a guardar, livre, esta frase. Aliás, os títulos de Isabel Coixet falam-me como um texto completo. Deve ser por isso que também não vi A Minha Vida Sem Mim ( para além do poético, dá-me o título que eu não tinha para alguns dos meus dias que são exactamente assim!).
Escolhi-o à pressa numa livraria a um minuto de fechar - não hesitei pelo tema, por ser da Media Vaca e um objecto total muito interessante ( a um preço muito convidativo ). Funciona isoladamente mas liga-se também a uma exposição que esteve na Coruña.
"Hay libros que tenemos a nuestro lado veinte años sin leerlos, libros de los que no nos alejamos, que llevamos de una ciudad a otra, de un país a otro, cuidadosamente empaquetados, aunque haya muy poco sitio, y que tal vez hojeamos en el momento de sacarlos de la maleta, sin embargo, nos guardamos muy bien de leer aunque sólo sea una frase completa..." ( e parei. Bastou para que o fechasse e levasse... reconheço-me )
La Vida Secreta de Las Palabras + La Vida Secreta de Los Libros... falo de tecidos e encontros parecidos com este.
fevereiro 09, 2006
pablo amargo
fevereiro 08, 2006
ponte
fevereiro 07, 2006
lembras-te, Caia?
Fotografei-a para ti no outro dia, numa feira de velharias na Praça de Londres...
Imagina, numa feira de velharias!
( Pois, deve ser... faz sentido... usei o telemóvel para guardar a imagem. No tempo da Heidi os telemoveis só existiam nas séries de ficção científica da televisão, tipo espaço 1999, e esses nem sequer tiravam fotografias :)
E, se reparares na cara da menina estampada na tampa da caixa de costura, se calhar também a reconheces... lembras-te daquele tear que tínhamos? Devia ser da mesma colecção.
fevereiro 06, 2006
tread softly
Para o Pedro que hoje, ao sol, me lembrou ( sem se lembrar
muito bem ) de Yeats e que amanhã parte,
levado pelo o ar de todos os pássaros...
( vai ser muito bom! )
E este era o poema. É um dos mais conhecidos e repetidos e...
mas arrepia-me sempre que o leio ou, melhor, quando o ouço na voz.
Had I the heavens' embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half-light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.
Tivesse eu as bordadas vestes dos céus
tecidas com a luz do ouro e da prata
o azul e o sombrio e os negros trajes
da noite e a luz e a média luz
Eu espalharia essas roupas sob os teus pés.
Mas, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Tenho espalhado os meus sonhos sob os teus pés.
Pisa suavemente, porque caminhas sobre os meus sonhos.
foto: ParkeHarrisson
fevereiro 05, 2006
flying ( back )
... e, extraordináriamente, este voo que nasce do fundo das minhas memórias de mim, encontrei-o ontem, no fundo da terra...