janeiro 05, 2006

um corpo de palavras

de Eugénio.
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a
porta.
Era um sorriso com
muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa,
ficar
nu dentro daquele
sorriso.
Correr, navegar, morrer
naquele sorriso.
Sentem-se no corte do verso e na pontuação as mãos que moldam o poema como uma escultura ( ou, melhor, como um corpo de verdade ).
Para além de tudo mais, importância da forma para um máximo de sentido.

3 comentários :

sgs disse...

e eu que ainda não sabia que existia este cantinho mágico na blogosfera.
Obrigado Dora partilhares este espaço tão prenhe de ideias como se querem: irrequietas e "insustentáveis" (flutuando sobre as nossas cabeças)

um beijinho

Calais Pedro Family disse...

Um poema que eu adoro e que tambem pus no meu blog, assim como esta Veronique que estudei apaixonadamente na nossa querida FLUL...

marta* disse...

pura coinvidencia que hoje me disseram "um sorriso abre portas". passeio-me aqui e encontro o poema.

acho que hoje é um dia de sorrir :)

baijinhos, parabens pelo blog