


O texto que o Teatro Meridional moldou para o palco do S. Luís foi escrito por José Luís Peixoto. Soa sempre a Alentejo: na música das palavras faladas, nos gestos lentos dos corpos, no vazio cheio de calor. Soa a tempo, a fim e ao recomeço possível antes do fim, guiado pela frase "a gente tem-se uns aos outros e mais nada...". Rimo-nos muito, com doçura (o que gratamente me surpreendeu em J.L.Peixoto). Há uma mulher que enlouqueceu e pede bocanços. Depois percebemos ou que estamos também todos loucos, ou que o calor que o corpo pede é natural como acontece com "as galinhas, os coelhos, os cães e os outros bichos todos". E que esse calor só acontece no aconchego de outro.
À MANHÃ - de 19 Janeiro a 5 Fevereiro, às 21h00 domingos às 17h30 texto original de José Luis Peixoto encenação Natália Luíza e Miguel Seabra Com Carla Galvão, Carla Maciel, Paula Diogo, Pedro Diogo e Romeu Costa