não há descanso
sem amor,
não há sono
sem sonhos
de amor
loucos ou indiferentes que sejamos
obcecados com anjos
ou máquinas,
o derradeiro desejo
é amor
(...)
Os corpos quentes
brilham juntos
no escuro,
move-se a mão
para o centro
da carne,
treme a pele
de felicidade
e vem-se a alma
exuberante aos olhos
sim, sim,
era isso
que eu queria,
que eu sempre quis ,
eu sempre quis,
regressar
ao corpo onde eu nasci.
"Canção" in O uivo e outros poemas de Allen Ginsberg
numa brilhante tradução de Margarida Vale de Gato para a edição Relógio D'Água.
img. colette saint yves
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