janeiro 01, 2023

“To the New Year"

With what stillness at last
you appear in the valley
your first sunlight reaching down
to touch the tips of a few
high leaves that do not stir
as though they had not noticed
and did not know you at all
then the voice of a dove calls
from far away in itself
to the hush of the morning
so this is the sound of you
here and now whether or not
anyone hears it this is
where we have come with our age
our knowledge such as it is
and our hopes such as they are
invisible before us
untouched and still possible 

W. S. Merwin

 

novembro 16, 2021

Nada é Suficiente para se Morrer

(...)
- Sou um autor de folhetos, acho que interrogativos, e sobretudo um muito interrogativo leitor de perguntas. Mais nada.
- Basta para uma vida ?
- Nem sei se basta para uma verdadeira morte. Nada é suficiente para se morrer. Ou é suficiente cruzar os olhos com os de uma leoa materna. Ou brandir esse pequeno objecto eléctrico, embora seja tão pequeno e a noite por todos os lados do quarto pareça interminável. Conheci um homem, um psiquiatra descontente — são raros, os psiquiatras descontentes, conheço-os muito contentes a ganhar para enlouquecer as pessoas, rende tanto como a política, trata-se de política, a sinistra política dos tratamentos —, vivia numa ilha, este, descontente, adorava falar de estrelas, constelações, sabia tudo, mas era, digamos, estelarmente irredutível: estava contra a ordem celeste. Mandou substituir o tecto do quarto de dormir por uma abóbada com um sistema electrónico de corpos celestes, deslocados, todos, relativamente à estrutura natural, autónomos entre si. Ali era a lua nas suas fases e as Ursas e o Cruzeiro do Sul e a estrela Arcturus: um sistema de teclas permitia acender aquilo que se desejasse. O que vigorava era um céu dele, era ele. Talvez pudesse morrer. De facto morreu mas não sei de que maneira interior morreu. Nunca se sabe aquilo que basta. Talvez baste um poema, uma coisa mínima, viva, nossa, uma coisa sub-reptícia para empunhar diante do implacável acordo das formas exteriores. Também pode ser que nada baste. E nesse caso tanto faz escrever um romance ou cem poemas ou apenas um poema, ou ler ou emendar o céu astronómico ou manter-se parado no meio de um jardim húmido e silencioso, à noite. Até pode suceder que a morte não seja bastante. E isto sim é interrogativo.

Herberto Helder, in '(Auto-)Entrevista, Jornal Público, 4 Dezembro 1990'

junho 04, 2021

así son los globos


 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
in Cajita de fósforos. Antología de poemas sin rima, editado por Adolfo Córdova para a EKARÉ. Ilustrações de Juan Palomino.  
( carregar nas imagens para ler estes belíssimos poemas ).

abril 18, 2021

Why you - adult - should read children's books

"Children's fiction does something else too: it offers to help us refind things we may not even know we have lost. Adult life is full of forgetting; I have forgotten most of the people I have ever met; I've forgotten most of the books I've read, even the ones that changed me forever; I've forgotten most of my epiphanies. And I've forgotten, at various time in my life, how to read: how to lay aside scepticism and fashion and trust myself to a book. At the risk of sounding like a mad optimist: children's fiction can reteach you how to read with an open heart. When you read children's books, you are given the space to read again as a child: to find your way back, back to the time when discoveries came daily and the world was colossal, before your imagination was trimmed and neatened, as if it were an optional extra" 

 

Katherine Rundell

novembro 26, 2020

Rezar de Olhos Abertos

 «Enganam-se os que pensam que só nascemos uma vez. Para quem quiser ver, a vida está cheia de nascimentos. Nascemos muitas vezes ao longo da infância, quando os olhos se abrem em espanto e alegria. Nascemos nas viagens sem mapa que a juventude arrisca. Nascemos na sementeira da vida adulta, entre invernos e primaveras maturando a misteriosa transformação que coloca na haste a flor e dentro da flor o perfume do fruto. Nascemos muitas vezes naquela idade avançada onde os trabalhos não cessam, mas se reconciliam com laços interiores e caminhos adiados. Nascemos quando nos descobrimos amados e capazes de amar. Nascemos no entusiasmo do riso e na noite de certas lágrimas. Nascemos na prece e no dom. Nascemos no perdão e no confronto. Nascemos em silêncio ou iluminados por uma palavra. Nascemos na tarefa e na partilha. Nascemos nos gestos ou para lá dos gestos. Nascemos dentro de nós e no coração de Deus.» 

José Tolentino Mendonça in Rezar de Olhos Abertos 

maio 19, 2020

刺し子

 
nothing is perfect 
nothing is finished 
nothing is eternal
...

(video featuring: molly martin for toast)

dezembro 30, 2019

come dance in the moonbeams

 
There are witches in the hills calling my name
saying come join us sister, come kiss the flame
Come dance in the moonbeams, ride the night wind
make love to the darkness and laugh at man's sins

I shiver with delight, I shiver with fear
my heart wants to go but my soul's filled with fear
So I turn to my lover and ask what do I do
do I answer their call or stay here with you
But under spell of deep sleep he moans and turns away
taking his protection and my desire to stay
So I rise to the hill tops, I ride the night winds
I make love to the darkness and laugh at man's sins

setembro 28, 2018

tu (eu) azul - in memoriam


Helena Almeida- 1934 - 26/9/2018

setembro 25, 2018

yes... ?














( what question should you ask when you’ve got the answer? )

agosto 23, 2018

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce ( ou quando não basta ser Deus )








geogia o'keeffe (inversão minha)
Tanto tempo a pensar
divino esforço
que adormecendo
Deus sonhou consigo:

Sonhou braços e pernas
e cabeças,
sonhou paisagens
de mental pudor
conversas calmas
com o quase feito

E esforçado ficou
e exausto se quedou
ao ver-se assim traído
pela obra criada

Só em sonho
Ana Luisa Amaral (Inversos - Poesia 1990-2010)

(...)
El amor empieza cuando Dios termina
Y cuando el hombre cae,
mientras las cosas, demasiado eternas,
comienzan a gastarse,
y los signos, las bocas y los signos,
se muerden mutuamente en cualquier
parte.
(...)
Roberto Juarroz "El amor empieza"

junho 04, 2018

have you seen them?

Illustration by Ethel K. Burgess for 'Playbox Annual 1921'.

maio 22, 2018

os 10 melhores livros infantis dos últimos 50 anos

Uma tarefa difícil e tãaao boa, esta de colaborar no juri para a proposta da Revista Estante, da Fnac: escolher livros infantis... :-)

abril 27, 2018

words mean more at night

Words mean more at night,
Like a song.
Did you ever notice,
The way light means more than it did all day long?
Words mean more at night,
Light means more.
Like your hair in your face,
And your smile,
And your bed and the dress that you wore.
And I'll send you my words,
From the corners of my room,
Though I write them by the light of day,
Please read them by the light of the moon.
 I wish I could leave my bones,
And my skin.
And float over the tired, tired sea,
So that I could see you again.
Maybe you would leave too,
We'll blindly pass each other,
Floating over the ocean blue,
Just to find the warm bed of our lovers.

março 09, 2018

março 04, 2018

É Isto o Amor

Em quem pensar, agora, senão em ti? 
Tu, que me esvaziaste de coisas incertas, 
e trouxeste a manhã da minha noite. 
É verdade que te podia dizer: 
«Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem, 
sermos o que sempre fomos, 
mudarmos apenas dentro de nós próprios?» 
Mas ensinaste-me a sermos dois; 
e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. 

Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, 

ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios, 
mesmo esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, 

para ganhar o tempo que o tempo nos rouba. 
Como gosto, meu amor, 
de chegar antes de ti para te ver chegar: 
com a surpresa dos teus cabelos, 
e o teu rosto de água fresca que eu bebo, 
com esta sede que não passa. 
Tu: a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, 

como gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste. 

Nuno Júdice, in 'Pedro, Lembrando Inês'


janeiro 01, 2018

be not afraid


Be not afeard: the isle is full of noises, 
Sounds, and sweet airs, that give delight, and hurt not. 
Sometimes a thousand twangling instruments 
Will hum about mine ears; and sometimes voices, 
That, if I then had wak'd after long sleep, 
Will make me sleep again: and then, in dreaming, 
The clouds methought would open and show riches 
Ready to drop upon me; that, when I wak'd, 
I cried to dream again.

William Shakespeare. "The Tempest" - act 3 scene 2
said by Joseph Fiennes.

novembro 10, 2017

lilium

press ( and close your eyes ... )


junho 28, 2017

( )

"it is the very error of the moon; 
she comes more nearer earth than she was wont, 
and makes men mad..."
william shakespeare - othello | othello to emilia, act v, scene

img: nikki mcclure

junho 22, 2017

E então a mãe deu-lhe pão, e deu-lhe leite, deu-lhe carne....

"Every life that you live will give material for fiction. But given that I do have children, it is that experience of just the simple thing of seeing life in the round. It’s so dull to say that, but it is extraordinary to see your childhood replayed, refracted, to see yourself saying things your parents said, to be in this new relation to death."

  img. carll cneut in António do outro lado do mundo

fevereiro 17, 2017

A de amor

Cuando tenía siete años, tres meses, dos semanas y cuatro días, me enamoré por primera vez.
Lo supe cuando a la hora del recreo me vi a mí mismo partiendo en dos mi galleta de miel y dándole uno de los trozos a Gretel, mi compañera de curso.
La mitad que le di fue la más grande y eso, en lugar de importarme, me puso feliz.
"A de amor" anoté en mi cuaderno, pero no supe qué más escribir, así que me quedé mirando a través de la ventana. En unas horas más, ese mismo sol que alumbraba el patio se escondería y todo se pondría naranjo. Como las galletas de miel. Como el verano que anunciaba el final de curso. Como el pelo de Gretel.


In La infancia de Max Bill - texto de María José Ferrada, ilustrado por Rodrigo Marín Matamoros

novembro 27, 2016

( dancing would be ok ... great... wonderful!)

 
( by yves saint laurent - introducing ballerine shoes )

novembro 10, 2016

"how we spend our days is, of course, 
how we spend our life"
Annie Dillard 









via brain pickings / img. elena odriozola

agosto 10, 2016

( verão )

algo existe num dia de verão,
no lento apagar de suas chamas,
que me impele a ser solene.
algo, num meio-dia de verão,
uma fundura - um azul - uma fragrância,
que o êxtase transcende.
há, também, numa noite de verão,
algo tão brilhante e arrebatador
que só para ver aplaudo -

e escondo minha face inquisidora
receando que um encanto assim tão trêmulo

e subtil, de mim se escape.

Emily Dickinson
(tradução de Lúcia Olinto)

img. dora

abril 30, 2016

sur le chemin de l'école

 
Um filme. Mais informações, aqui.

março 31, 2016

my shadow ... can.

Sometimes shadows can do things I cannot do.
If there is something I want to and I cannot,
maybe my shadow can do it.


The Shadow Book by Beatrice Schenk de Regniers and Isabel Gordon (photos)

fevereiro 16, 2016

“ you don’t spell it you feel it ”


Piglet: how do you spell love?
Pooh:  you don’t spell it you feel it.

- Winnie The Pooh

janeiro 15, 2016

.

 img. dora












What we call the beginning is often the end. And to make an end is to make a beginning. The end is where we start from.
— T.S. Eliot


janeiro 01, 2016

dezembro 31, 2015

ahora contaremos doce



















Ahora contaremos doce
y nos quedamos todos quietos.
Por una vez sobre la tierra
no hablemos en ningun idioma,
por un segundo detengamonos,

no movamos tanto los brazos. 
Seria un minuto fragante,
sin prisa, sin locomotoras,
todos estariamos juntos

en una inquietud instantanea.    
Los pescadores del mar frio
no harian danio a las ballenas
y el trabajador de la sal

miraria sus manos rotas.   
Los que preparan guerras verdes,
guerras de gas, guerras de fuego,
victorias sin sobrevivientes,
se pondrian un traje puro
y andarian con sus hermanos

por la sombra, sin hacer nada.   
No se confunda lo que quiero
con la inaccion definitiva:
la vida es solo lo que se hace,

no quiero nada con la muerte.   
Si no pudimos ser unanimes
moviendo tanto nuestras vidas,
tal vez no hacer nada una vez,
tal vez un gran silencio pueda
interrumpir esta tristeza,
este no entendernos jamas
y amenazarnos con la muerte,
tal vez la tierra nos ensenie
cuando todo parece muerto

y luego todo estaba vivo.    
Ahora contare hasta doce
y tu te callas y me voy.

pablo neruda, "a callarse" 
img, silvia  bolognesi

dezembro 01, 2015

la double vie

Eu não sou eu. 
Eu sou aquele que anda ao meu lado sem que eu o veja,
a quem, às vezes, visito e, às vezes, esqueço.
Sou aquele que cala quando falo, 

que mansamente perdoa quando odeio, 
que vagueia por onde não estou, 
que permanecerá de pé quando eu morrer."
Juan Ramon Jimenez

novembro 19, 2015

the chromatic diet


 An artistic creation of the writer Paul Auster and the visual artist Sophie Calle

novembro 15, 2015

o caderno do jardineiro

tudo no meu corpo é ânsia de colo 
sou a mãe e a criança misturadas no amor 
amo a mim mesma condoída
como a um próximo distante
amo o que neste corpo velho já fui
o bicho também 
e assim
o amor se estende às pedras
à árvore vergada de frutos e à água
e é tudo amor por mim mesma
ou será amor

Angela Lago vai lançar seu primeiro livro de poemas
Escritora, ilustradora e tradutora de Rainer Maria Rilke e Emily Dickson, a mineira Angela-Lago, conhecida por seus delicados livros para crianças, estreia na poesia com O Caderno do Jardineiro, no início de 2016, pela SM. Foram os novos ares – desde o ano passado, ela vive na pequena Vila do Biribiri, perto de Diamantina – que a inspiraram a experimentar o gênero. A obra traz 26 poemas sobre flores, com ilustrações que exploram a ideia de transparência e incompletude feitas com base em fotografias. Este poema chama-se "Árvore Vergada".

( via Babel )

novembro 11, 2015

a silent love story ( to whisper )

THE CAT AND THE MOON
by: W. B. Yeats (1865-1939)
      HE cat went here and there
      And the moon spun round like a top,
      And the nearest kin of the moon,
      The creeping cat, looked up. 
       
      Black Minnaloushe stared at the moon,
      For, wander and wail as he would,
      The pure cold light in the sky
      Troubled his animal blood.
      Minnaloushe runs in the grass
      Lifting his delicate feet. 
       
      Do you dance, Minnaloushe, do you dance?
      When two close kindred meet,
      What better than call a dance?
      Maybe the moon may learn,
      Tired of that courtly fashion,
      A new dance turn. 
       
      Minnaloushe creeps through the grass
      From moonlit place to place,
      The sacred moon overhead
      Has taken a new phase.
      Does Minnaloushe know that his pupils
      Will pass from change to change,
      And that from round to crescent,
      From crescent to round they range? 
       
      Minnaloushe creeps through the grass
      Alone, important and wise,
      And lifts to the changing moon
      His changing eyes. 
       

outubro 04, 2015

e o eleito foi ....

( ... ou como se explicam as eleições a quem acabou de fazer 5 anos ).
3 candidatos bonecos-bichos cá de casa, com discursos convicentes; 4 eleitores ( entre eles a vaca que ri do queijo de triângulos que estava a comer, por falta de quem desempatasse ); 4 boletins de voto preenchidos em -quase- segredo; uma bela e colorida caixa de tupperware com tampa a fazer de urna; uma muy solene contagem de votos. O cargo a concurso era o de presidente da casa que toma conta da Rosinha (a gata de verdade) quando nenhum de nós cá está. Foi por isso que o leão de tricot não pôde ir com ela à escola secundária onde, dentro da "casinha" com a mamã, fez uma cruz muito direitinha nuns desenhos "muito menos giros que os nossos".

setembro 27, 2015

If you want the life you have, don’t date a mystic woman

If you want the life you have, don’t date a mystic woman.
A mystic woman is a wild creature. She spends all her life seeking, for there is nothing else worth doing. She peers and gazes until she falls from the edge of the world, and into the next. Over and over. Each time she returns, she is a little different. What she sees must change her. She dies every moment. She is reborn every day. Can you even begin to fathom the terror and the faith commanded from such a being? Can you even begin to understand what such a life can do?
If you want the life you have, don’t date a mystic woman.
If you are comfortable and cozy, stay away. Whatever you have built around yourself to create comfort: it cannot stand in the blazing fire of a mystical woman. She is no trophy. She is no bodily pleasure-maker. She is the seer of souls. She is the womb that births the divine into the flesh and bone of matter. She doesn’t mean to burn your village to the ground, but she has seen what you are meant to become. You are not a peasant shearing sheep, as you have thought. You are a king dressed in rags who has amnesia.
If you want the life you have, don’t date a mystic woman.
If she touches you, and all the voices on the wind go silent, if you feel you are in a snow globe when you embrace her, she is your destroyer. She will destroy the false idol you see in the mirror. She will smash it open because it is your prison. If you wish to stay there, she will shatter you another way. She will leave.
If you want the life you have, don’t date a mystic woman.
Everybody wants the magic, but nobody wants the Mystery, the schooling: a thing that must be lived in a place where book knowledge has no meaning, for all books are manuals to the world you already know. That means, the well-honed intellect — the masculine theory of reason — will not save you, cannot free you. It is for a world whose time is over. The Mystery, by its very nature, must show you what has never been seen, never been written, never been known, because before you were forged, it was impossible. The arts of women have been called the dark arts for too long, and they are the keys to infinity. Infinite form. Infinite being. Infinite life.
If you want the life you have, don’t date a mystic woman.
If your dreams are not filled with the Mystery, you are better off with a normal life, because she will see things that are invisible to you. She will feel things that you cannot feel beneath the layers of numbness you have wrapped yourself in. She will call upon your true self, your real soul, and she will sing it down into you, into herself and life will open up, for this very moment...
Alison Nappi

img. bianca brunner

setembro 24, 2015

loba & lorca

a r l e q u í n


Teta roja del sol
Teta azul de la luna
Torso mitad coral,
mitad plata y penumbra



"Uma viagem entre o dia e a noite, através do corpo, do amor e da morte. Leitura iniciática que abrirá uma nova porta à beleza tanto aos que saboreiam o seu primeiro poema, bebés e crianças, como aos consolidados amantes da arte." 
tradução do texto da editora barbara fiore 

Federico García Lorca. Arlequín.
TresBrujas; ilustrações de André da Loba. 
Granada: Barbara Fiore, 2015

Parabéns André. É Magnifico !

setembro 22, 2015

Pós-Graduação em Livro Infantil: nova edição


Outras informações académicas e contactos encontram-se no site da Universidade Católica.

setembro 16, 2015

"the first time I saw susie..."

 20,000 Days On Earth - 2014 (Nick Cave on the first time he saw his wife)
 
 ... or the most wonderful love at the first sight declaration:

The first time I saw Susie was at the Victoria and Albert Museum in London. And when she came walking in, all the things that I have obsessed over for all the years, pictures of movie stars, Jenny Agutter in the billabong, Anita Ekberg in the fountain … Miss World competitions, Marilyn Monroe and Jennifer Jones and Bo Derek … Bolshoi ballerinas and Russian gymnasts … the young girls at the Wangaratta pool lying on the hot concrete, all the stuff I had heard and seen and read … all the continuing never-ending drip-feed of erotic data … came together at that moment, in one great big crash bang, and I was lost to her. And that was that.

setembro 14, 2015

wor(l)d

" How close up to the world can we get with our words? 
  How close to us can the world get with its words? "
Paul Matthews














 img. emily hughes  

julho 31, 2015

"if something burns your soul 
with purpose 
and desire, 
it's your duty to be reduced to ashes by it."
Charles Bukowski
img. mary margaret briggs

julho 05, 2015

my other alice

"Look, can I ask you a question? Sure. What? Are you happily married? Or is that tactless? No. Yes. Yes, I... Gosh, I've been married almost 16 years now. years. Oh. Well, that... that's great. Yeah. No, really. - Well, a good marriage, it's a rare thing. - Yeah. Why did you get divorced? Well, my wife and I, we were both too opinionated. She's... very brilliant. Uh-huh. And attractive? Yes. - And very sexy. - Uh-huh. And when you're with her, do you... ...do you still have the urge to be with her? - No. - No? No? You never have the urge to... to grab her? Like, you know, if the two of you are in her office or something? Or, I don't know, you know, just... throw her down on the couch or something? For old times' sake? God, you are interesting."
"Alice" by Woody Allen (1990) - the circus scene (script extract).

junho 24, 2015

abrazo

"Oriol Vall, que se ocupa de los recién nacidos en un hospital de Barcelona, dice que el primer gesto humano es el abrazo. Después de salir al mundo, al principio de sus días, los bebés manotean, como buscando a alguien. 
Otros médicos, que se ocupan de los ya vividos, dicen que los viejos, al fin de sus días, mueren queriendo alzar los brazos. Y así es la cosa, por muchas vueltas que le demos al asunto, por muchas palabras que le pongamos. A eso, así de simple, se reduce todo: entre dos aleteos, sin más explicación, transcurre el viaje." 
"El viaje" . Galeano.  by Calle 13

junho 21, 2015

solstício *





























(poema de antónio torrado)

junho 18, 2015

onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.  
eugénio de andrade 

maio 24, 2015

the world as a polka dot

Yayoi Kusama (b 1929) is the most important contemporary artist living in Japan today:
Alice in a polka dot world:

abril 27, 2015

( trust... )

For everything there is a season, and a time for every matter under heaven:
a time to be born, and a time to die
a time to plant, and a time to pluck up what is planted
a time to kill and a time to heal
a time to break down and a time to build up
a time to weep, and a time to laugh
a time to mourn, and a time to dance
a time to cast away stones, and a time to gather stones together
a time to embrace, and a time to refrain from embracing
a time to seek, and a time to lose
a time to keep, and a time to cast away
a time to tear, and a time to sew
a time to keep silent, and a time to speak
a time to love, and a time to hate
a time for war, and a time for peace.


- Ecclesiastes 3:1-8
img. mandana sadat

abril 24, 2015

le livre d'artiste n'est pas un livre d'art

Le livre d'artiste n'est pas un livre d'art.
Le livre d'artiste n'est pas un livre sur l'art.
Le livre d'artiste est une oeuvre d'art.

Guy Schraenen

images from: A Moon or a Button? 
Ruth Krauss with Remy Charlip (images), 1959